Se você acha que toda conjunção entre dois planetas é igual, saiba que elas têm as suas peculiaridades. Em primeiro lugar, uma conjunção é um diálogo forçado entre eles. É como se você pegasse dois indivíduos e os forçasse a ficarem juntos. Se eles são amigos e têm naturezas semelhantes, eles vão se dar muito bem. Por outro lado, se os dois forem inimigos e com naturezas conflitantes, vão acabar batendo cabeças entre si.

Há mais algumas características bem interessantes nas conjunções. Quanto mais apertadas forem elas forem, ou seja, quanto mais próximos os planetas estiverem um do outro, menos consciência você tem deles individualmente. Até chegar o momento em que a órbita entre eles é tão estreita que não é possível perceber a atuação dos dois planetas conscientemente. Dessa forma, quanto mais afastada for essa conjunção, ou seja, maior for a órbita, mais fácil será perceber sua atuação.

Outra peculiaridade é a ordem em que eles aparecem (sempre olhando na direção do zodíaco). Uma conjunção de Saturno com Júpiter, por exemplo, é bem diferente da conjunção na ordem inversa, ou seja, Júpiter com Saturno. A ordem dos planetas na conjunção, o que alguns astrólogos chamam de enquadramento, determina de que forma eles atuam no comportamento de uma pessoa. Dessa forma, o planeta que vem antes no mapa natal é que inicia a geração de eventos e o planeta que o sucede vai complementá-lo. Uma conjunção onde Júpiter vem antes de Saturno, por exemplo, começa pela atuação de Júpiter, procurando expandir e ampliar o que é bom, o que é gostoso e o que faz a vida dar certo. As expectativas começam altas, até o momento em que Saturno aparece, dando um choque de realidade e mostrando que as coisas vão acontecer conforme as características o que a realidade permitir (Saturno). Mas e se ocorre o contrário: Saturno antes de Júpiter? Primeiro surge o ímpeto de Saturno em deixar tudo estruturado, perfeito, como se para ir adiante precisássemos cumprir vários protocolos, o que retarda a ação. E depois vem Júpiter, substituindo a rigidez por maior leveza. Em qualquer caso que existe uma conjunção no mapa natal, a atuação de cada planeta sempre ocorrerá forçadamente em para com o companheiro da conjunção, e nunca de forma independente.

A partir desses exemplos fica mais fácil perceber que o funcionamento das conjunções variam conforme a órbita, a afinidade e a sequência (no zodíaco) dos planetas.

E se a conjunção for de 3 planetas, por exemplo, Vênus, Sol e Urano juntos no mapa natal: primeiro vem Vênus, que é o aparelho sedutor das pessoas, que faz com que o indivíduo se apresente de forma simpática. Posteriormente, o brilho do Sol aparece, e na sequência surge Urano, indicando talvez a necessidade de espaço, independência.

Dependendo da ordem dos planetas na conjunção, o comportamento da pessoa se modifica e isso é bastante interessante de se notar na análise do mapa natal.

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