Estamos passando por um momento coletivo bem difícil no céu, que começou no ano passado e deve se intensificar este ano. Isso se explica pela conjunção Saturno e Plutão em Capricórnio que aconteceu no grau exato dia 12 de Janeiro. Mas o que isso significa? Para entender o significado desse posicionamento é necessário retomar alguns conceitos.

Basicamente, Capricórnio é um signo ligado a questão de estrutura. Quem tem muitos planetas neste signo tem uma profunda noção de como gasta seu tempo, porque o regente de Capricórnio é Saturno ou Cronos, o senhor do tempo. É um signo, portanto, de Terra, que conhece a dimensão de tempo e espaço, tem uma clareza e um pragmatismo muito forte de como são as coisas, é frio e calculista. É um signo que se preocupa em estruturar as coisas e, por isso, ambicioso, além de exigente com si e com os outros. Como tem uma analogia com o inverno no Hemisfério Norte, ele está sempre preocupado com a escassez e se prepara para as situações de vida onde isso pode acontecer, como a velhice. Além disso, é extremamente perseverante e trabalhador, porque sabe que a sobrevivência está ligada ao esforço. O conservadorismo é também uma característica, pois o que deu certo no passado deve continuar dando agora. Novidade é uma palavra que dá medo para o signo de Capricórnio.

Saturno, regente de Capricórnio, tem algumas características muito parecidas com o signo. O planeta é como dito anteriormente, o senhor do tempo. Por isso, é representado por um velho que atingiu certa idade e acumulou muitas experiências. Saturno é um planeta ligado a estruturas, ou seja, fazendo analogia a um prédio: você estrutura sua vida e quando chega no topo não corre o risco de ter sua fundação comprometida, seja pelo vento ou outro motivo. A estruturação de Saturno funciona por acúmulo de experiências: erros e acertos. Dessa forma, é possível observar o que dá certo ou não e se apegar ao que realmente funciona. Saturno também tem a ver com senso de realidade, com a frieza de Capricórnio e com racionalidade e daquilo que dá certo.

Saturno tem a ver com limites. Ao mesmo tempo em que há o desejo de galgar patamares superiores de forma bem estruturada e sólida, é necessário conhecer muito bem os seus limites, até onde você pode ir e quais são suas habilidades. Compromissos e responsabilidades também estão relacionados ao planeta. Além disso, há uma questão intrínseca a Saturno, que é o medo de errar. Como busca a perfeição por acúmulo de experiências, quando encontra algo novo acaba lidando com um sentimento de insegurança e cautela. Isso pode gerar, muitas vezes, uma paralisia. A vontade de fazer tudo perfeito, nesse sentido, pode acabar dando aquela travada em determinadas situações. Isso é Saturno!

Plutão, por sua vez, é Hades – o deus do submundo, e tem a ver com o poder. É um poder intimidatório e ameaçador. O planeta também tem a ver com uma dicotomia muito importante: morte e renascimento, fundamental para o signo de Escorpião  – regido por ele. Por isso, ele fala de morte e ressurreição. Esse poder é quase supremo, porque ou fica intacto e devasta, ou se auto destrói. E após a morte, vem o renascimento. Onde há Plutão no mapa há poder de regeneração, potencial de poder, intimidação, destruição ou renascimento.

Levando em consideração todos esses conceitos, a conjunção de Saturno e Plutão em Capricórnio significa, em primeiro lugar, o fim de um ciclo e o início de outro.

A última conjunção de Saturno e Plutão aconteceu em 82. Ao voltarmos à história, essas conjunções ocorreram em períodos de disputa de poder, como 1914 no estopim da Primeira Guerra Mundial. O controle é Saturno, o poder é Plutão. Quando ocorre esse encontro no céu há, além de questões ligadas ao poder e a dominação, radicalismos. A Primeira Guerra gerou uma grande crise econômica em 1929, sem falar na destruição da Alemanha que havia começado a guerra. E o esforço de renascimento dessa nação gerou a Segunda Guerra Mundial, por sua vez. A última conjunção, que aconteceu foi em 1982, foi cenário da guerra fria e o pavor coletivo da hecatombe nuclear pela disputa entre EUA e Rússia, o que causou tensão à toda população. Essa conjunção tem a ver, portanto, com medo (Saturno) e tudo ou nada (Plutão).

Do ponto de vista mitológico, Saturno teve vários filhos. Dentre os quais: Zeus, Hades (Plutão) e Poseidon (Netuno). Esses três filhos desafiaram o pai e entraram numa guerra longa – alguns relatos dizem que ela durou dez anos – que destronou o pai. Saturno e Plutão são portanto inimigos mitológicos e, por isso, numa conjunção eles representam um período de grande tensão coletiva e econômica.

O que esperar então em 2020? Essa conjunção foi se aproximando no ano de 2019, ficou exata no dia 12 de Janeiro e, certamente, desencadeará uma série de acontecimentos tensos neste ano. Além disso, Júpiter e Marte também estão se aproximando dessa conjunção.

Já vimos tensões econômicas entre os EUA e a China desde 2019. Isso deve se intensificar ainda mais em 2020. Essa disputa por poder econômico e de influência deve deixar reflexos a nível mundial. Também é possível que aconteça algum tipo de crise financeira aguda, principalmente por causa da disputa entre esses dois gigantes. Há, então, uma potencial crise econômica global. Conflitos bélicos também podem acontecer, despertando novamente o medo coletivo e de escassez. 

Outra possibilidade, devido a disputa de poder, é o abuso de autoridade. Quem está por cima tem medo de ser destronado. Isso pode acontecer tanto a nível de nações como nas hierarquias empresariais.

Essa insegurança pode acontecer inclusive dentro das famílias; os pais podem se sentir intimidados pelos filhos, por exemplo. O medo e intensificação de tensões podem então acontecer dentro de qualquer hierarquia.

Diante disso, é recomendado não entrar em disputas de poder. Ao perceber que você se encontra no meio de algum tipo de tensão ou acirramento de opiniões e disputas, procure não entrar no jogo. As coisas podem ganhar uma proporção destrutiva e incontrolável.

Plutão fala muito de términos e principalmente de desapego. Ao invés de se apegar ao status quo, procure desapegar-se dele. Evite radicalismos. Procure não fazer investimentos financeiros de risco, porque o grau de volatilidade e de crises intensas deve ser muito grande. Choques econômicos e tensões a nível mundial podem acontecer, como na questão entre EUA e Irã. Se houver uma guerra, o preço do petróleo deve subir e isso causará consequências globais. Por isso, procure fazer investimentos conservadores! Vale tomar cuidado com possibilidades de perdas. Além disso, tente manter o equilíbrio e evitar o medo, apego ou insegurança. Com certeza, tomando essas atitudes, seu 2020 será melhor!

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