As casas angulares são de extrema importância na leitura do mapa astrológico. A grosso modo, são as casas 1, 4, 7 e 10. Sendo a primeira delas relacionada ao ascendente, a 10ª com o meio do céu, a 7ª iniciada pelo signo descendente, oposto ao ascendente, e a casa 4 que é o Nadir, o chamado fundo do céu, relacionado à meia-noite.

As casas astrológicas são divididas em angulares, sucedentes e cadentes. As angulares são associáveis aos signos cardinais: Áries, Câncer, Libra e Capricórnio. Já as sucedentes são associáveis aos signos fixos: Touro, Leão, Escorpião e Aquário. As cadentes, por sua vez, são associáveis aos signos mutáveis, ou seja, Gêmeos, Virgem, Sagitário e Peixes. Isso significa que elas têm naturezas semelhantes, porém não idênticas aos signos. Além disso, também não se pode afirmar que, por conta dessas naturezas semelhantes, você necessariamente terá esses signos nessas casas. As casas variam, portanto, de acordo com o horário de nascimento e localidade do indivíduo. Essas informações juntas é que determinam as coordenadas geográficas para o cálculo da análise astrológica.

As casas angulares são as mais enfáticas, porque estão muito próximas dos ângulos: o ascendente, o meio do céu, o fundo do céu e a casa 7 (descendente). Por isso, tudo que tiver muito próximo ou diretamente “colado” nos ângulos ganha uma lente de aumento. Aliás, quando o assunto é ascendente e casa 7, podemos dizer que as coisas ganham um telescópio Hubble de tanta importância. Aparentemente, as situações incham. Tanto do ponto de vista físico, quando é possível ver o Sol despontando no horizonte, quanto no sentido de dilatação psicológica, comportamental ou da importância circunstancial daquela coisa. Por isso mesmo que, como já mencionado, tudo que estiver próximo dos ângulos ganha ênfase.

O planeta pode não estar com tanta força, como no seu signo domiciliado ou de exaltação. A Lua pode estar em Escorpião, que não é seu signo de maior potência. Seu signo de maior potência é Câncer e, logo em seguida, Touro. Por outro lado, se ela estiver em cima do ascendente, do meio do céu ou da entrada da casa 4 e 7, haverá uma ênfase no seu comportamento, nas circunstâncias que você vive com as pessoas ao seu redor ou aquelas com quem dialoga com mais frequência.

Ao analisar um mapa astrológico, se encontrarmos fatores como Saturno, nodo Sul e Plutão próximos do grau do ascendente, ou seja, angular, eles acabam ganhando uma importância cabal. É o caso de Saturno, mesmo que o ascendente não esteja em Capricórnio e pode estar em qualquer outro signo como Sagitário, Libra, Virgem, entre outros, estando na situação angular, acaba ganhando um preponderância enorme. Dessa forma, a pessoa em análise no mapa natal tende a demonstrar traços controladores, uma necessidade de colocar as coisas em ordem, reclamar alegando que as coisas nunca estão boas o suficiente, há também uma necessidade de fazer com que as coisas durem e de assumir compromissos e  responsabilidades, por exemplo. Tudo isso faz parte da índole de Saturno, sem importar o signo que está no ascendente do mapa analisado. Isso não faz tanta diferença por causa da posição angular de Saturno – as condições analisadas são referentes ao mapa disponível neste vídeo.

Supondo que Mercúrio fosse angular no mapa astrológico de um indivíduo, por exemplo, mesmo na casa 4 ou não tendo tamanha ênfase por dignidade planetária, revelaria pessoas que se expressam muito bem.

Na angularidade, o simples fato de um planeta estar situado numa casa angular, já confere a esse planeta uma importância muito grande. Isso, por si só, aumenta o volume da interpretação do mapa astrológico!

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